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Dicas

A - Recomendações para boa conservação

As madeiras maciças de espessuras reduzidas que são utilizadas na confecção dos instrumentos artesanais de qualidade, são as responsáveis pela sonoridade diferenciada que estes instrumentos possuem, exigindo uma série de cuidados especiais para boa conservação quando comparados aos instrumentos industriais feitos de madeira compensada.

1- Afinar sempre usando o diapasão (Lá 440 Hz) como referência.

2- Fazer sempre uma boa limpeza após cada uso, usando somente uma flanela seca.

Uma resina natural, a "Goma Laca”, é o material utilizado para o verniz numa camada bem fina que preserva as qualidades acústicas das madeiras nobres. Observe a eventual ocorrência de desgastes no verniz, que devem ser recompostos prontamente para proteção e longevidade do instrumento. Havendo necessidade de remover alguma sujeira, uma ou duas gotas de óleo
mineral podem ser usadas, friccionadas com algodão.

3- Nunca exponha o instrumento ao sol ou calor intenso. Ex.: luzes fortes, porta-malas de carro etc.

4- Quando não em uso, deixe seu instrumento sempre dentro do estojo. Assim estará protegido contra choques e variações bruscas do clima.

5- O uso de cordas não apropriadas ou afinações para as quais o instrumento não foi projetado podem gerar tensões excessivas e danificar o instrumento. Estou sempre às ordens para informações específicas neste sentido. O uso de cordas com tensões superiores às recomendadas causa danos irreparáveis cancelando a garantia.

6- Cuidado especial deve ser tomado com a questão da temperatura e umidade onde o instrumento é mantido. As madeiras maciças que são utilizadas na confecção deste instrumento são porosas e trocam umidade com o ambiente, sendo facilmente afetadas pelas variações climáticas.

Para monitoramento rigoroso recomendo um higrômetro e um termômetro dentro do
estojo. Sendo as faixas ideais como segue: umidade ideal entre 35% (mínimo) e 70% (máximo). Temperatura entre 15 graus centígrados (mínimo) e 30 graus centígrados (máximo).

A permanência prolongada em situações de temperatura e/ou umidade extremas (nos limites das faixas recomendadas) pode causar danos irreversíveis como rachaduras.

7- Em caso de transporte verifique sempre as condições do compartimento onde o instrumento é acondicionado. É recomendado abaixar a afinação em dois tons ou mais.

B - Compensar a falta de umidade

A causa de empenos e rachaduras em muitos instrumentos é a baixa umidade. Antigamente a facilidade e velocidade de deslocamento era limitadas. Muitos instrumentos eram feitos sob determinada condição climática e de lá nunca saiam. Hoje é comum para um músico se apresentar hoje numa cidade com 13% de umidade (Brasilia por exemplo) amanhã em outra com 80% (Belém ou Nova York no verão) e depois num teatro com sistema de ar condicionado sem umidificador que baixa a umidade novamente a níveis críticos.

Um bom estojo é fundamental para proteção do instrumento, e como está recomendado acima (A-6), existe uma faixa ideal de umidade em que a maioria dos instrumentos resiste bem. A baixa umidade traz efeitos piores que a alta. Constatando que seu instrumento está em condições de umidade muito baixa você deverá fornecer umidade para compensar esta falta. Uma embalagem de filme fotografico perfurada, com um pedaço de estopa umidecida é um ótimo recurso para fornecer umidade. Pode ser colocada dentro do estojo e mesmo dentro do instrumento temporariamente para fornecer umidade em condições críticas.

C - Como colocar as cordas corretamente

Cada instrumento tem sua peculiaridade, mas de maneira geral deve-se colocar as cordas pensando na estabilidade da afinação. Para se obter tal resultado as cordas devem ser colocadas firmemente para que não voltem facilmente quando tensionadas. Nas tarraxas quanto menor o número de voltas melhor.

D - Cuidados na utilização de cravelhas de madeira

1- Cravelhas de madeira são conicas e devidamente ajustadas proveem afinação adequada e duradoura. É o método mais antigo de tensionar as cordas em instrumentos musicais.

2- É aconselhavel que a afinação seja feita sempre para cima (de uma frequencia mais baixa, subindo para a frequencia desejada).

3- Para segurança do instrumento é necessário que a cravelheira seja firmada com uma das mãos enquanto a outra gira a cravelha.

4- Se a cravelha desliza facilmente voltando a afinação é necessário aumentar o atrito entre a cravelha e a cravelheira com a colocação de pequena porção de pó de giz no contato entre as partes.

5- Se a cravelha não gira suavemente pode-se acrescentar pequena porção de pó de grafite na superfície de contato.

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